A incrível e pouco conhecida história de um poeta que realizou a obra em dez anos de sofrimento com a hanseníase. O lamentável desrespeito a sua memória, que tanto somou às letras e a cultura do estado, refletido no completo abandono da casa do poeta, também em Icoaraci, onde outros tantos patrimônios estão agonizando. Antes que seja tarde, um grito de desespero..
O poeta Antônio de Nazareth Frazão Tavernard, nasceu em 1908 na antiga Vila Pinheiro, hoje Icoaraci. Admirado por gerações, deixou um legado de poesias e prosas que valorizam a cultura regional amazônica.
A família mudou-se para o centro de Belém e em 1926, Tavernard, entrou na Faculdade de Direito do Pará, mas não concluiu o primeiro ano em razão da hanseníase. Escreveu a maioria da produção literária nos dez anos de doença.
Foi redator-chefe da Revista “A Semana”. Em 1930, publicou o livro “Fêmea”, trata-se de um conjunto de contos. Lançou a comédia “A menina do 20.000”, em parceria com Fernando de Castro. Escreveu em seguida: “A casa da viúva Costa”; “Seringadela”; “Que tarde” e “Parati”, e ainda “Epopéia Azul” e a letra do hino oficial do Clube do Remo. Morreu em 02 de maio de 1936, um ataque cardíaco fulminante tirava a vida do talentoso poeta icoaraciense.
A casa do poeta na Rua Siqueira Mendes, 585, chegou a abrigar um espaço cultural em memória de seu nome, mas a construção foi-se deteriorando sem que ninguém tomasse qualquer atitude.
Fontes: http://bibliocomtavernard.blogspot.com.br/
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