PATRIMÔNIO. Quando os "Clippers" revolucionavam o transporte coletivo em Belém.

Houve um tempo em que pequenos “ aeroportos” se espalhavam por bairros de Belém para receber curiosos veículos “voadores/terrestres” que tentavam importar de maneira muito particular, a modernidade norte-americana do pós segunda guerra, numa tentativa saudosa de resgatar a importância da cidade perdida após o fim da riqueza da borracha. A curiosa e desconhecida história dos “Clippers”

Com o final dos bondes na década de 40 do século passado, Belém ganhava um curioso veículo de transporte que misturava a estética dos antigos dirigíveis Zeppelins e a praticidade dos ônibus.

Para Receber os “ Zepplins” sobre rodas era preciso estações igualmente “ modernas” e de nomenclatura importada dos Estados Unidos que surgiram após a Segunda Guerra como grande modelo de urbanização.

Surgiram então os “Clippers”, em alusão aos aviões da Pan American Airlines que posavam em Belém desde a década de 30. ( só tiveram este nome em Belém) Os Clippers eram estações de bairros que concentravam alguns serviços. Uma espécie de aeroporto para o inusitado veículo.

Construidos em estilo Art Novueau, espalharam-se pelos principais endereços de Belém. Na Praça das Mercês, abrigava também a Sorveteria Rio Branco.

na Avenida Portugal, no Guamá, em Nazaré, na Bandeira Branca. Eram pontos de encontros e serviam para organizar um trânsito, sem a necessidade de paradas a cada quadra. Um modelo copiado pelo projeto do atual BRT atual, mas muito melhor executado.

Em 1965 começaram a ser demolidos, acusados de feios, desengonçados e de terem se tornado antros de vagabundos. O primeiro a ser demolido foi o da Bandeira Branca, próximo a Dr Freitas.

Depois veio o do Largo de Nazaré ( o maior de todos, que começou ser posto abaixo em 20 de janeiro. Em seguida do clipper do Largo das Mercês. Boas lembranças de u capitulo esquecido da história da capital .

Nas Fotos, "clippers" da Av Portugal, do largo das Mercês, da Praça do Relógio

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Fontes: Lúcio Flávio Pinto - Mémoria do Cotidiano/ Mercado Livre/ Igor Pacheco-Fragmentos de Belém/ José Maria de Castro Abreu Júnior/ Blog Fau/UFPa/ Blog HB