A desconhecida história de um chalé, que teria pertencido ao maior produtor de borracha quando o Pará era o maior do mundo nesta economia, e que hoje, tomado pelo mato, virou casa de bruxa com fama de mal assombrado. Memórias tristes de um tempo perdido.
A história do Chalé José Porfírio é quase um enigma. Em 2011, o site "o turistórico" identificou o morador Dionísio Barros, o seu Dudu, que há 74 anos vive na rua. Para os mais novos é como se fosse uma casa mal assombrada. Para o velho morador, retratos de uma infância, quando autorizado pelos donos, brincava dentro do Chalé. que era feito de Acapú e Pau Amarelo, e uma bela escada em caracol.
A história conhecida do chalé para por aqui. Nada mais existe de registro sobre a história e o apogeu deste símbolo da virada do século XIX para o século XX quando a Vila Pinheiro, nome primitivo de Icoaraci era o refugio de famílias ricas e de grandes empresários que ali construíram casas de veraneio.
Era o final do século XIx quando, conta a história, que José Porfírio de Miranda Júnior substituiu o tio na construção de estrada que havia sido interrompida com o fim da escravidão ( os escravos operários foram libertados), e depois adquiriu a sua propriedade e lhe deu prosperidade. Foi desbravador de quase todo vale do rio Xingu, fundou estabelecimentos comerciais e feitorias até suas cabeceiras, já nos limites de Mato Grosso, fundou a vila de Vitória, à margem do rio.
Desenvolveu ao máximo os seus negócios da região, sendo o maior produtor de borracha e caucho no Pará, introduzindo métodos dos mais modernos à época, para incremento de suas atividades. Foi eleito intendente do município de Souzel, criado em 1874, que devido ao tamanho foi desmembrado de Altamira, ganhando depois o nome do intendente.
O Chalé em questão lembra outro "post", aqui publicado sobre os Chalés Suecos projetados para os endinheirados do Pará. Uma leitora perguntou se algum ainda existia. Parece que sim. Sobrevive, coberto pela vegetação que invade seus ambientes, sem que o poder público, ou mesmo a sociedade, se manifeste de maneira mais conclusiva pela preservação desta memória, como se vês nas fotos atuais.
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Fontes: O Turistólogo e Portal Amazônia
3 comentários
Clique aqui para comentáriosMinha amiga Ines, morou neste chalé com a família. Atualmente, a mãe ainda mora no Pará e, ela no Rio de Janeiro.
ResponderMinha avó falava muito bem agrário miranda meu avó andor muito nesta mansão
ResponderPorque esses chales foram abandonados?hoje eles pertencem há quem?
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