Uma praça, um nome que ninguém sabe ao certo de quem é, uma memória de uma dos mais significativos espaços urbanos de Belém, completamente esquecido pela autoridades, mas sobretudo por uma sociedade, que preserva pouco e conhece ainda menos sua história.
Antes dela havia um braço do rio que permitia a existência da Doca do Imperador, depois chamada de Doca do Reduto.
Antes dela havia um braço do rio que permitia a existência da Doca do Imperador, depois chamada de Doca do Reduto.
Foi o aterro na frente da capital para permitir a construção do Porto na virada dos séculos XIX para o século XX, que vai matar uma das mais vibrantes regiões econômicas de Belém e deixará como legado um alagado, que um dia viraria praça.
Conta Ernesto Cruz no livro Ruas de Belém que a Praça surgiu após o aterro com o nome de General Ilha Moreira, em 6 de setembro de 1912, que pouco se sabe sobre sua história.
Heloisa Barata de Moura Figueiredo em email ao Blog da FAU/UFPA, narra que General Magalhães refere-se a um antepassado, que viria a ser avô do ex-intendente e ex-governador do estado. Por sua vez, o mesmo Blog indica que exista uma confusão. Segundo Elizabeth Nelo Soares foi o Dr. Couto Magalhães, Presidente do Pará entre 1864 e 1866, quem dá nome a praça.
O que poucos sabem é que, antes de virar o horrendo canal visto hoje, a avenida de mesmo nome era uma rua com canteiro central, arborizado que acabava na praça e no porto.
Por mais destruído, abandonado e esquecido que esteja, é um dos locais mais preservados do bairro com seu coreto e suas ruelas de paralelepípedos. Pena que você nem perceba que ela existe e como é bela, apesar de nossa vil ignorância patrimonial. Da próxima vez, pare, contemple, exija atitude de seus governantes pela preservação desse patrimônio.
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Fontes: Blog Da FAU/UFPa - Ernesto Cruz (Ruas de Belém)
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