A desconhecida história de uma hospedaria, em Belém, que abrigou 63.000 brasileiros em 11 anos. Era para dar abrigo a flagelados da seca, mas ganhou o amaldiçoado nome de “Hospedaria do Diabo”. Uma história contada a partir de agora.
Este é um registro raro da terrível Hospedaria do Tapanã, em Belém, também conhecida como “hospedaria do diabo”. Primeiro serviu de abrigo para os imigrantes nordestinos, principalmente cearenses, que chegavam para participar da “batalha da borracha”, o esforço durante a Segunda Guerra Mundial para suprir as forças Aliadas do produto.
Depois, quando a guerra terminou, na volta dos altos rios amazônicos dos maltratados, desiludidos e doentes “soldados da borracha” e seus familiares, que tentavam regressar à terra natal. Uma história de dor, sofrimento e miséria.
O repórter do jornal Gazeta de Notícias presenciou em março de 1958, . centenas de pessoas em meio à fome, miséria e doenças já haviam se retirado em secas anteriores. Entre 1942 a 1953 passaram pela hospedaria “do diabo”, no Tapanã, em Belém-PA, 63.000 nordestinos.
Os números não são precisos, porque muitas famílias migraram por conta própria, além dos que receberam o subsídio do Estado, parte para a extração da borracha para a guerra e parte para a colonização do Amapá; Vários não deram entrada na hospedaria, já que se desviaram do destino ou mesmo desapareceram.
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Fonte: Memórias do Cotidiano - LFP / http://bit.ly/1g5VUeD
1 comentários:
Clique aqui para comentáriosHá um livro sobre o tema;Tapanã, a hospedaria do diabo de walmiki Mendonça. O livro está sumindo das bibliotecas e não fazem uma nova edição do mesmo. Descaso com nossa memória e furto nas bibliotecas públicas.
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