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ÍCONE BRASILEIRO. Um sabonete com nome de deus grego que conquistou o planeta.


Ele tem nome de Deus, tem 84 anos, é o mais famoso do Brasil, sua marca é líder nacional no seguimento, dona de metade da produção nacional. 8.000.000 por mês. Presentes em vários países do mundo, e produzido em Belém do Pará. E você passa por ele, e nem percebe sua existência..

A história nos remete a 1930 quando os primos portugueses, Antônio Lourenço da Silva e Mário Santiago, deixaram de vender cigarros, para ousar criar um sabonete brasileiro que fosse tão bom quanto ingleses e franceses, na época, os melhores do mundo. Perfumistas de talento, desenvolveram à base de glicerina, oval, transparente e escuro, além de luxuosamente embalado.

A inspiração era o Pear’s Soap - sabonete inglês popular lançado em 1789. A alquimia da floresta levou-os a uma fórmula que combinava essência de pau-rosa e 145 ingredientes, como sândalo, cravo da Índia e canela de Madagascar, etc.

O sabonete foi lançado com o slogan “sabonete de charme inglês”, e recebeu o nome de PHEBO por causa do Deus do Sol da mitologia grega que irradia calor e energia, simbolizando assim o nascimento de uma nova era da perfumaria brasileira.

A marca doi tão forte que seria adotada depois pela empresa. Começo de vendas difíceis nos mercados de São Paulo e do Rio, onde ficava em consignação por custar 5 vezes mais que os similares. Um cliente de Manaus, encomenda 6 dúzias, as Lojas Mappin, 25 dúzias e viria a se tornar o principal cliente da empresa.

O fundador Mário Santiago, desenvolveu o PHEBO até 1980, quando terceirizou a fabricação . Vendido para multinacionais , perdeu a essência original e o faturamento caiu mais de 50%, até 2004 quando, comprada pela carioca Granado Laboratórios, renasceu. O novo dono indentificou que os velhos consumidores rejeitavam a nova fórmula. Resgatou-se então um dos perfumistas que trabalhou com o antigo Phebo. O faturamento quase que dobrou desde então.

A fábrica segue no mesmo lugar, porque na cabeça do consumidor ele tem uma ligação inseparável com a floresta e com Belém. Hoje é o sabonete mais famoso do Brasil, a fábrica tem metade da produção de sabonetes de glicerina do país, dos quais o “ Odor de Rosas” ocupa 35% do total.

O cheiro característico de gerações, que passavam ao lado da fábrica reduziu porque reduziram o percentual de álcool de 35% para 10% devido à legislação. Mas ele segue no mesmo lugar, testemunho da história desta terra.

Uma história de gerações, de amores, de sucesso, de orgulho para quem vive e viveu nesta terra. Quando passar pelo Reduto, na próxima vez, circule o quarteirão Quintino/Manoel Barata/Doca e O de Almeida. Mostre a seus amigos, conte esta história, preserve sua memória.

Fontes: O botequeiro / Diário on line/ Blog Mundo das Marcas
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