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SOCIEDADE. O imposto sobre escravos no Porto de Belém


Houve um tempo em que seres humanos, tratados como mercadoria, precisavam pagar impostos de importação, para entrar no porto de Belém. Escravos traficados da África, para fazer trabalhos de lavoura e tarefas domésticas na capital da província.

Desde a segunda metade do século XVIII, na região de Belém, em seu espaço urbano e cercanias, concentrava-se boa parte da população escrava da província do Pará. Em 1793, por exemplo, viviam cerca de 8.500 habitantes, 35% negros escravos. Já em 1823, nas duas freguesias urbanas de Belém, Sé e Campinas, a população era de 12.471 habitantes, e o percentual de escravos aumentou. 45,9%.

Quando do processo de independência, Belém tinha uma população escrava e de homens livres mestiços, pretos e índios superior à de brancos.

Nos anos iniciais da década de 1870, o Almanach do Diário de Belém indicava que nos quatro distritos da capital viviam quase 35.000 habitantes. O recenseamento de 1896 apontava uma população de quase 100 mil. Parte provocado pela entrada dos imigrantes nordestinos que fugiam da seca a partir de 1870, o que manteve e reduziu o número de escravos na cidade, até a abolição, anos antes.

Na imagens , localizadas pelo Professor Haroldo Baleixe, cópias dos documentos de entrada de alguns desses escravos na década de 1870. Eram mercadorias como qualquer outra e por isso, precisavam ter os impostos de importação pagos pelo comprador.

Para conhecer, preservar, curtir e compartilhar esta memória.

Fonte: Haroldo Baleixe / http://bit.ly/Nigy3z
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