A desconhecida história de como o Ver-o-Peso quase sumiu do mapa, em um projeto que criaria um dos maiores portos do mundo que se estenderia do Arsenal de Marinha até a Ilha de Mosqueiro. Uma história capitalista da Belém do Início do século XX.
Era 1897 quando foi apresentado o projeto do Porto, a ser construído em cima de um aterro, feito com areia tirada do rio, e que incluiria ainda uma grande avenida. O que pouca gente sabe é que, pelo projeto original, todos os canais e igarapés deveriam ser aterrados ( por serem insalubres) considerando que o aterro iria do Arsenal de Marinha e cruzaria toda a frente da cidade. Isso incluía aterrar a famosa Doca do Ver-o-Peso
Os vencedores da concorrência que iria a 30 km do forte do castelo em direção ao Guamá e a Mosqueiro. Acabou anulada porque o contrato não foi assinado a tempo. Quatro anos depois em 1906, o engenheiro americano Percival Farquhar que garantiu a construção mediante garantia do governo brasileiro de uma renda líquida de 6% do capital aplicado.
O projeto previa guindastes elétricos, linhas férreas e de iluminação; Várias obras não foram executadas como o entulhamento da doca do Ver-o-Peso e o aumento da profundidade do canal de navegação, mesmo com recursos garantidos com 2% ouro sobre as importações.
O projeto previa guindastes elétricos, linhas férreas e de iluminação; Várias obras não foram executadas como o entulhamento da doca do Ver-o-Peso e o aumento da profundidade do canal de navegação, mesmo com recursos garantidos com 2% ouro sobre as importações.
Por muito pouco, o Ver-o-Peso não acabou atropelado pela fúria capitalista da Belém do "Belle Epoque".
Fontes: PORTO DE BELÉM DO PARÁ: Origens, Concessão e Contemporaneidade/ EULER SANTOS ARRUDA - Rio de Janeiro 2003 – Imagens : Museu do Porto/CDP
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