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Paris é aqui. A fascinante paixão de um português pelo luxo dos franceses.


A fascinante paixão de um português pelo luxo dos franceses. A desconhecida partitura feita pelo diretor da Ópera de Paris. Uma música feita sob medida para alegrar os clientes na distante Belém do Pará. A promoção, que marcava a semana de descontos, da mais luxuosa entre as luxuosas casas comerciais da capital.
Afinal, rico também adorava uma pechincha. Foi Francisco da Silva Castro que construiu a Paris N’América em 1870. Loja de tecidos e armarinhos nos dois primeiros andares e residência no terceiro andar.
O sótão, antes conhecidos como mansarda era a residência de empregados, o quarto andar, onde ainda era possível usar o mirante para avistar o cais, e assim estrategicamente ver a chegada das mercadorias. Francisco de Castro, comerciante português era apaixonado por Paris. Era de lá que trazia tecidos selecionados, chapéus, perfumes, roupas brancas.
Teria sido o primeiro a trazer o luxo da França para a capital. Inicialmente, a loja era na Rua Santo Antônio com a Rua 13 de maio, e foi o registro 001 na Junta comercial em 1877. Ficou ali por 38 anos até a Irmandade da Misericórdia resolveu lotear e vender o terreno no quarteirão em frente ao “largo da Misericórdia” (atual Praça Barão do Guajará, bairro da campina), onde haveria uma Igreja e a Casa de Misericórdia que em ruínas.
A empresa F. de Castro comprou a esquina e construiu o prédio que até hoje sobrevive com um dos mais suntuosos de Belém. Francisco de Castro inspirou-se nas Galerias Lafayettes, de Paris. E, não se contentando apenas com a construção encomendou uma partitura ao maestro André Messeger (1853-1929), diretor da Ópera de Paris na época.
Era um mimo para presentear as suas clientes e animar a inauguração da loja. A partitura com o nome O Canto do Paris N’América. Francisco de Castro soube se diferenciar da concorrência, utilizando-se da ideia de luxo e glamour em suas vendas, transformando o Paris N’América em uma loja de grandes magazines.
Na imagem, uma promoção pouco conhecida. naquele dia de 1910, ainda nos primeiros anos, a loja, fazia a "Semana das Letras Encarnadas", provavelmente descontos para produtos previamente marcados.
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Fonte: A loja Paris N’América na Época da Belle Époque/ Maria Henriques Ferreira- UNAMA / BN/IML
Fotografia - Instituto Moreira Sales, 1910
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