A história da Torre Eiffel de Belém do Pará que virou três panelas vazias. Foi o orgulho e a vergonha da população. Fortunas foram gastas para construí-la para só depois entender que não se prestava para o que se pretendia. Sumiu como veio, sem preocupação com a história, sem referências de tudo que representou para a cidade. Você passa por esta esquina, e por incrível que pareça, nunca soube desta história.
O conjunto de três caixas d´água foi construído em ferro no início do século XX com a missão de abastecer de água os bairros da Campina e da Cidade Velha. Sua estrutura lembrava o projeto da Torre Eiffel, de Paris, mas ao contrário do seu modelo francês, nunca serviu para visitação e teve sérios problemas para ser usado no abastecimento de água. Não funcionou durante os dois períodos governamentais de Augusto Montenegro.
A tubulação não suportava a pressão da água do reservatório. Depois de oito anos, a 30 de junho de 1912, é que o Governador João Coelho reinaugurou-o. A Caixa d’Água afinal distribuiu o líquido à cidade.
Foram de breve duração os seus serviços. Problemas e mais problemas atrapalhavam o funcionamento da Caixa d’Água. Até que os técnicos deram-na como irrecuperável.
Virou atração histórica e ganhou fama nada agradável entre os moradores de Belém. Foi apelidado de ‘três panelas vazias’ em alusão às três enormes cubas que deviam, mas não armazenavam água. A ponto de quando as sirenes dos bombeiros tocavam, a população sair contando que o incêndio deveria ser na Caixa D´Água.
Ficava na esquina da Primeiro de março com a Ó de Almeida, onde hoje está uma caixa d´água de concreto, bem atrás de onde estava a Fábrica Palmeira. Lá de cima, foram feitas centenas de fotografias que regiustraram a evolução de Belém na primeira metade do sécuo XX.
Quando você passar pelo local da próxima vez, contemple esse
passado, cultive esta história..
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Fonte FAU-UFPa/ Leandro Tocantins - Santa Maria de Belém do Grão-Pará (1987)/Fragmentos de Belém
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