Era o ano de 1928 ( onde reinava um ambiente de pressão e desconfiança para a primeira escola Médica Amazônica ), quando Homero, doutorando daquele ano, tido como inteligente e aplicado aos estudos, com um dos melhores aproveitamentos da Faculdade tentava a aprovação
em clínica médica . O exame final entretanto não foi feliz para Homero, reprovado naquela manhã de 18 de dezembro.
Os jornais contam então que o jovem foi para sua casa na travessa
São Matheus, 144 (Padre Eutíquio atual) e “recolheu-se em seu quarto, sem mais ingerir alimento algum e a chorar copiosamente queixando-se a quantos o procuravam do vexame por que passara”. Às duas horas da tarde Homero foi encontrado morto.
A imprensa alegou como causa mortis “collapso cardíaco em consequência de um fortíssimo abalo moral”. Na verdade, o nome do dourando Homero e sua história cairam quase no total esquecimento e dos arquivos da medicina no Pará como uma espécie de tabu. As Faculdades de Medicina criadas na Velha República eram rigorosas para provar ao governo que não eram escolas “3 Pês” (papai-pagou-passou).
Seu enterro ocorreu no dia seguinte. nenhum dos professores da banca que reprovou Homero esteve presente. Colapso cardíaco em um jovem de 24 anos não era exatamente a causa mais real daquele fatídico dia.
Detalhes resgatados pelo médico patologista e colaborador de Belém Antiga José Maria de Castro Abreu Junior, que tenta assim desvendar o que realmente aconteceu naquele ano. Para isso busca parentes ou quem tenha ouvido falar desta história, tenha documentos, fotografias e outras informações que ajudem a desvendar este mistério. Se você pode ajudar, mande sua colaboração
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Fonte: José Maria de Castro Abreu Junior
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