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PERSONAGEM. O Cônego de ética suspeita que virou Senador do Império

A desconhecida história de um religioso linha dura, professor de teologia, que virou político, criou partidos, iniciou o povoamento de Mosqueiro, representou o Pará no império, acusado de desonestidades na condução da causa pública, cultuou mais inimigos do que amigos. Morreu pobre, virou nome de rua e você nem sabe que ele existiu um dia.

Manuel José de Siqueira Mendes nasceu em Cametá em 1825. Cônego da Sé, professor de Teologia e Latim, foi só com a aposentadoria em 1871 que entrou no Partido Liberal. Dez anos depois já era líder do partido conservador. Como Vice-Presidente da Província do Grão Pará, criou a Freguesia do Mosqueiro, em 10 de outubro de 1868, que viria a ser a origem do distrito atual. Como Deputado, fundou o partido católico com o Barão de Igarapé Miry.

Mas teve uma vida sob suspeita. Falcatruas e desvios fizeram partes das acusações que caíram sobre Siqueira Mendes. As cartas do líder do Partido Liberal nessa época, Demétrio Bezerra, endereçadas ao Joaquim Nabuco, já denunciavam a pouca honestidade do cônego que virou político, além do comportamento pouco democrático.

Um descontentamento que chegou obrigou a enfrentar com armas, levantes populares contra as resoluções da assembléia provincial.
Como Senador do Império até a proclamação da República, foi taxado de xenófobo pela luta ferrenha do fim do monopólio do comércio por estrangeiros. Teria morrido pobre em 1892.

Quando passar pela Rua Siqueira Mendes, tida como a primeira rua da cidade ( antes Rua no Norte ), você já terá, agora, muito o que contar...

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Fonte: Thiago Bezerra Vianna/ Blog Mosqueirando
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