Um dos grandes desafios de reconstruir o passado é conseguir com precisão, montar cenários que possam ser percebidos pelo leitor. Este depoimento é de um desses leitores. Manoel Jorge de Almeida deixou seu testemunho no final de 2013 em alguns comentários que passamos a resgatar dando o valor que merecem. É uma crônica real de um tempo fantástico em uma Belém que ficou para trás..
"... O matadouro de Belém, ficava no bairro São João do Bruno , hoje Telegrafo sem Fio.e era servida por uma linha de bonde denominada Curro. O transporte de carne era feita em bondes pintados de verde, dai o nome de carne verde.
O bonde trafegava pela rua Municipalidade que era via principal. A Primeiro de Maio, hoje Senador Lemos veio depois com a vinda dos americanos para o Val de Cans Field., tendo vindo asfalto da Base Aerea ate o Largo do Esquadrão, depois Praça Brasil e hoje Santos Dumont.
Chamava Largo Esquadrão, porque onde hoje esta o Hospital do Exercito, ficava o Esquadrão de Cavalaria da nossa briosa Policia Militar. O hoje Telegrafo era um bairro alegre, com o boi bumba, O saudoso "Novo Querido". Tinha feira Bacurau, Sinuca Bar, Panificadora Palmerinha, Casa Esperança, Casa Morais e a Panificadora Santo Antônia onde tomavamos um gostoso caldo de cana com pastel.
Bons tempos onde tinhamos muitas festas, com muito bolero e merengue. Vários clubes de futebol, como o Uberabinha, cujo nome antigo era Uberaba ,que tinha ate campo de futebol. Tinha o Tuiuty, e incrível tinhamos o Santos, o Brasileirinho, o Dramático, o Marajó.etc.
Hoje onde fica a Vila dos Bancários, ficava o Largo do Prado, onde tinhamos bem no meio uma estação meteorológica.
Hoje onde fica a Vila dos Bancários, ficava o Largo do Prado, onde tinhamos bem no meio uma estação meteorológica.
Neste espaço também montavam circo , com palhaços fazendo anuncio do espetáculo, gritando "e o palhaço o que é? .É ladrão de mulher, com a garotada que acompanhava, recebendo uma marca que permitia a entrada grátis.Vi tudo isso.... "
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Fonte do Depoimento: Colaboração de Manoel Jorge de Almeida
Fonte do Depoimento: Colaboração de Manoel Jorge de Almeida
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